sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

PRATO FRIO vem aí!


Como nossos seguidores já devem saber, semana que vem estreia o espetáculo de conclusão da 1ª turma do Curso de Formação de Atores do Teatro Sarcáustico: PRATO FRIO (porque parente bom é parente morto), uma comédia de humor negro que questiona os conceitos familiares da sociedade brasileira.

Depois de 15 anos afastada de casa, Filha volta para se vingar de sua família, a qual não vê a hora de colocar a mão na herança da avó rica. Falsidade ideológica, traumas de infância e personagens imorais fazem desta comédia um jantar ligeiramente indigesto – mas delicioso!

Partindo da improvisação dos alunos-atores sobre temas ligados à família, Daniel Colin e Felipe Vieira de Galisteo (Prêmios Tibicuera e Açorianos de Melhor Dramaturgia 2008, por Jogo da Memória e A Vida Sexual dos Macacos) dirigem e escrevem a dramaturgia inédita do espetáculo, que utilizará toda a extensão da sala 309 da Usina do Gasômetro para trazer à cena esta história de vingança.
O espetáculo focaliza sobre a questão da identidade de cada personagem e como cada um deles vai perdendo essa identidade à medida em que tentam ser outras pessoas prá conseguir o que desejam.
PRATO FRIO (porque parente bom é parente morto) quer dialogar com todos os outros espetáculos do TEATRO SARCÁUSTICO, que utilizam sobretudo o humor negro sobre temas tabus para discutirem a conduta das pessoas na nossa sociedade.


E prá deixar a galera ainda mais com água na boca, lá vai mais um trechinho do texto inédito:

Filho – Você sabe que eu te amo. (Eles se beijam.) Tenho uma novidade.
Noiva (histérica) – Eu também! Eu também! Eu também! Eu to grávida!
(Silêncio.)
Noiva – Que foi amor, algum problema?
Filho – Deus meu! Você está falando sério?
Noiva – É claro que estou. Acha que eu iria brincar com uma coisa dessas?
Filho – Nossa! É... É ótimo. Bem, eu... Nem sei o que dizer... Hã... O filho é meu?
Noiva – Quê???
Filho – Perguntei se o filho é meu. Sabe como é, meu amor?
Noiva – Não, meu amor! Eu não sei como é. Me explica!
Filho – A gente precisa ter certeza absoluta quando acontece uma coisa dessas na nossa vida...
Noiva – Eu não acredito que estou ouvindo isso. Estou seriamente ofendida, Álvaro. Tão ofendida que sou capaz de não ter esse filho!
Filho – Mas amor, como quer que eu pense diferente? Você sempre passou de mão em mão como um pote de amendoim salgado nas festas da faculdade...

Um comentário:

Márcia disse...

Vou assistir essa peça, com certeza!
Márcia

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