Ontem, fui assistir à "O Dragão", última montagem da Amok, uma companhia que venho acompanhando há muito tempo e pela qual tenho sempre muito interesse. Stephane Brodt, estrela principal da Amok, é um puta ator e geralmente nos oferece interpretações vigorosas, que balanceiam muito bem técnica e emoção. Em "O Dragão" não foi diferente: em cada um de seus papéis, Stephane brilha em um texto que, infelizmente, me soa piegas e melodramático em muitos momentos. E esse é o maior defeito de "O Dragão" prá mim: onde todas as outras peças da Amok ganhavam em força e intensidade, nessa acaba transbordando em pieguice e lugar-comum. Uma pena realmente, já que Ana Teixeira e Brodt sempre conseguem extrair um resultado muito interessante de cada uma das pesquisas oriundas de cada um de seus trabalhos, seja a cultura cigana no belíssimo "Savina" ou a versão oriental para o seu "Macbeth". Saí meio decepcionado com o espetáculo, mas não com a qualidade artística do grupo.
Daniel Colin - aquele que conseguiu ver bastante coisa boa no Em Cena.
Em tempo: leia as opiniões do Marcelo Adams, do Gilberto Fonseca e do Roberto Oliveira sobre "O Dragão"...
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