Tainah Dadda foi minha colega de Direção no DAD/UFRGS, sob orientação da inesquecível professora Miriam Amaral e, desde aquela época, já demonstrava um interesse latente pelo apuro estético e visual em cena. A impressão era que a Tainah dirigia seus trabalhos pensando primeiro na palheta de cores e texturas que a guiariam durante os ensaios.
"Desvario", que estreou agora em 2009, não foge à essa regra: um espetáculo cuja limpeza de cores, marcas e movimentações se sobressaem à maioria dos espetáculos lugar-comum da cena porto-alegrense. E isso se deve, sobretudo, a um amadurecimento precoce no trabalho da Tainah. Se nos primeiros exercícios do DAD, ela parecia utilizar a estética como finalidade artística, aqui em "Desvario" podemos perceber que esta mesma obsessão estética foi apenas um dos degraus para o excelente resultado que o espetáculo oferece.
Obviamente, a obra de Jorge Díaz é peça fundamental para a base do "Desvario". E que peça! Uma dramaturgia deliciosa, mordaz e instigante, cujas melhores qualidades são exploradas excelentemente pela diretora e por seu elenco, todos em suas melhores atuações (apesar de eu ser fã da Ursula em “Às Cegas”, do sarcáustico Felipe Vieira de Galisteo...).
Fica na memória um espetáculo diferente da maioria que temos visto na cidade. E isso, por si só, é uma puta qualidade. Parabéns, Tainah e equipe!
Daniel Colin - aquele que sabe que não é crítico.
Em tempo: Este comentário foi escrito após eu ter assistido ao espetáculo em sua última temporada, mas não havia conseguido postar na época. Fica agora como registro da passagem do "Desvario" pelo Em Cena, que, já soube, teve casa lotada!
"Desvario", que estreou agora em 2009, não foge à essa regra: um espetáculo cuja limpeza de cores, marcas e movimentações se sobressaem à maioria dos espetáculos lugar-comum da cena porto-alegrense. E isso se deve, sobretudo, a um amadurecimento precoce no trabalho da Tainah. Se nos primeiros exercícios do DAD, ela parecia utilizar a estética como finalidade artística, aqui em "Desvario" podemos perceber que esta mesma obsessão estética foi apenas um dos degraus para o excelente resultado que o espetáculo oferece.
Obviamente, a obra de Jorge Díaz é peça fundamental para a base do "Desvario". E que peça! Uma dramaturgia deliciosa, mordaz e instigante, cujas melhores qualidades são exploradas excelentemente pela diretora e por seu elenco, todos em suas melhores atuações (apesar de eu ser fã da Ursula em “Às Cegas”, do sarcáustico Felipe Vieira de Galisteo...).
Fica na memória um espetáculo diferente da maioria que temos visto na cidade. E isso, por si só, é uma puta qualidade. Parabéns, Tainah e equipe!
Daniel Colin - aquele que sabe que não é crítico.
Em tempo: Este comentário foi escrito após eu ter assistido ao espetáculo em sua última temporada, mas não havia conseguido postar na época. Fica agora como registro da passagem do "Desvario" pelo Em Cena, que, já soube, teve casa lotada!
Um comentário:
Que bom ter o retorno de um colega que acompanhou os exercícios no DAD e, agora, pode ver o resultado do meu primeiro trabalho.
Muito obrigada, Colin!
Tainah.
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